Como abrir um negócio sem correr riscos?

Todo empreendimento precisa de um início, seja uma ideia, um sonho ou uma necessidade. Mas como abrir um negócio sem correr riscos? Segundo pesquisa recente do SEBRAE, e publicada na Revista EXAME, 1 a cada 4 empresas fecha antes de completar 2 anos de mercado. Se levarmos em conta uma média de 8,5mil empresas abertas por dia, estamos falando de algo em torno de dois milhões de novas empresas! Então, como fazer para abrir um negócio sem correr riscos? 

Primeiramente, se você ficou impressionado ou desanimado com a estatística, precisa saber que 60% dos brasileiros afirmam estar preparados para abrir um novo negócio. E novamente os índices são altos. 79 milhões de pessoas estão inseridas na categoria “Economicamente Ativa”, ou seja, com idade para empreender e trabalhar.

Desses 79 milhões, uma parcela significativa ainda acha que empreender é ter um tempo maior para o almoço ou férias prolongadas em paraísos de ilhas caras. E uma outra parcela significativa de 42,4% foi lançada no mundo do empreendedorismo por causa de desemprego. E é nesse momento que as coisas podem se perder se você continuar a encarar tudo de forma simplista e imediatista.

Então, o que fazer? 

Diante desse cenário aparentemente desanimador, é preciso entender que o mercado do empreendedorismo não aceita mais atitudes amadoras. Não! Você não pode simplesmente “jogar o dinheiro fora”, você precisa ter planejamento e utilizar do conhecimento profissional para que o seu negócio prospere e se mantenha depois do período de adaptação inicial.

Você precisa estudar e investir em conhecimento, você precisa aprender a respeitar o profissional de cada segmento da sociedade para que as informações tenham credibilidade e responsabilidade. E o cenário atual mostra ainda uma porcentagem de 82,5% que atuam na informalidade!

Minha trajetória – “como abrir um negócio sem correr riscos?”

Quando decidi empreender em 2015 foi a necessidade que me moveu; o desemprego nos tirou a renda mensal e eu precisava de uma nova oportunidade.  Por causa de erros cometidos em outros empreendimentos dentro da minha família, eu tinha certeza de que o ideal seria me cercar de profissionais qualificados e deixar de aplicar o “jeitinho brasileiro”. Como brasileira, num cenário adverso, o orçamento era muito apertado e havia uma incerteza muito grande que iria dar certo. Seria necessário ter em mãos algo que me mostrasse se todo o meu projeto poderia ser replicado numa escala maior. E chegar à Análise de Viabilidade foi uma consequência natural.

Tomada a decisão inicial, era preciso colher informações sobre empresas e profissionais capacitados para o projeto. Procurei informações entre amigos e o conhecido Google até chegar à GGV Inteligência em Vendas e seu universo jovem e repleto de jovens talentos, que me mostrou tudo o que eu precisava pra abrir o meu próprio negócio.

1.    Pesquisa de Mercado

Durante o processo da confecção da Análise de Viabilidade, eu sempre pude contar com transparência e esclarecimentos, sempre tive uma relação de parceria com todos os profissionais envolvidos, sempre fui ouvida nas minhas necessidades, anseios e medos e sempre obtive orientações da melhor maneira de ouvir o meu cliente.

O primeiro passo foi iniciar com a pesquisa de mercado. Um estudo de viabilidade deve se basear em dados, e dados muito concretos. Esta pesquisa aborda diversos temas que direcionam o trabalho – desde critérios de compra até hábitos de consumo dos meus futuros clientes potenciais.

Estudo de mercado se caracteriza por qualquer formato de estudo que colete e interprete quaisquer tipos de informações de mercado, a fim de gerar insights para tomadas de decisões assertivas. Dependendo do que a empresa quer mensurar, sejam preços, concorrência, produtos, serviços, modelos, ferramentas, clientes, entre tantas outras informações relevantes para um negócio, é possível direcionar o tipo de pesquisa de mercado para essa finalidade.

Como resultado dessa pesquisa, você pode aplicá-los para criar um plano de negócios ou de marketing, por exemplo, ou para medir e mensurar o sucesso da sua empresa. Ela pode ser realizada tanto por quem está iniciando um novo negócio, quanto pelas empresas já existentes.

Ao pesquisar uma determinada questão, os empresários que estão iniciando um negócio conseguem saber quais os rumos e primeiros passos que devem seguir nesse começo, saber as tendências e as informações dos concorrentes e de futuros clientes.

Todo o valor investido na Análise de Viabilidade foi revertido em processos de desenvolvimento da qualidade, sedimentação da carteira de clientes e captação de novos clientes. Afinal eu já sabia como agir para que meu negócio prosperasse, mas precisava destes dados para que alinhasse a assertividade do posicionamento do meu futuro negócio.

2.    Análise Financeira

O relatório de Análise de Viabilidade traduz em gráficos e dados estatísticos de fácil entendimento como seu negócio irá se comportar em três tipos de cenários – pessimista, intermediário e otimista. Você precisa ter certeza de que seu projeto é realizável ou não. Para isso é feito um levantamento de custos – despesas e investimentos necessários e análise de indicadores.

Nesta Análise também se analisam alguns dados importantes:

  • Pay Back: É o tempo de retorno do investimento inicial até o momento no qual o ganho acumulado se iguala ao valor deste investimento. Esse é um dado importante para quem quer ou precisa buscar um investidor.
  • ROI (Return On Investment) ou retorno sobre o investimento: É um indicador que permite saber quanto dinheiro a empresa perdeu ou ganhou com os investimentos feitos — pode ser em mídia paga, novas ferramentas, treinamentos e por aí vai.

Eu lembro que a primeira expectativa era saber se o meu produto seria viável e lucrativo; eu atuava no ramo de alimentação e tinha um produto competitivo. Nessa primeira fase ficou comprovado em 80% (oitenta por cento) a aceitação junto ao público alvo! A carga emocional nessa fase é muito grande porque é o fator decisivo para evolução do seu negócio e você precisa considerar a possibilidade de ver seu projeto se modificar por causa da aceitação de mercado. Lembre-se: você está buscando os segredos sobre como abrir um negócio sem correr riscos. 

3.    Planejamento Financeiro

A fase seguinte, e mais elaborada, era mapear o custo do investimento necessário. Nesse momento é importante que a parceria e o diálogo entre o empreendedor e a empresa seja transparente e que haja um grau de confiabilidade e entendimento. Você vai precisar abrir sua contabilidade e fornecer dados importante para o levantamento de custos operacionais.

Em linhas gerais você passa a ser municiado das informações assertivas para que seu negócio se torne um sucesso. E tudo feito baseado no mapeamento do seu público alvo. É importante que o novo empreendedor confronte seus medos e anseios e se fortaleça nesse novo momento. É importante também se abrir para novos desafios, sair da zona de conforto e se manter constantemente informado sobre as tendências do mercado e da sociedade em geral.

Agora você sabe como abrir um negócio sem correr riscos!

Quando você resolver se profissionalizar dentro do seu próprio negócio, delegando informações fundamentais a um grupo de profissionais capacitados, você dará o primeiro grande passo para romper com o amadorismo e ser notado pela segurança de seus atos e relacionamentos. Você terá dado um importante passo para o sucesso do seu empreendimento e terá a oportunidade de crescer e gerar trabalho – um modo muito prazeroso de vitória pessoal.

Depois que quase cinco anos e muitos desafios eu posso afirmar que meu projeto inicial sofreu várias transformações, mas a minha Análise de Viabilidade Econômica sempre foi o ponto de partida; através dele eu pude me manter dentro do meu negócio e me tornar um segmento exclusivo.

Hoje olho para trás e vejo que foi a Análise de Viabilidade que me ensinou como abrir um negócio sem correr riscos.

Sobre a autora

“Acredito que um sucesso profissional é o reflexo de escolhas pessoais. Quando aprendemos a respeitar o indivíduo em seu campo de ação, atingimos um nível de qualidade que reflete diretamente nos resultados. “

Maria Fernanda

Consultora financeira, bacharel em Jornalismo, escritora e Empresária.
Maria Fernanda desenvolveu a capacidade de entender a criar processos através da atuação de pessoas em seus segmentos profissionais.


Deixe um comentário