Poucos fundamentos da liderança são tão importantes quanto saber gerir uma equipe. Mais importante do que mostrar para todos o quão competente um gestor pode ser é ser capaz de delegar sem comprometer os resultados de cada tarefa.
Indo além, o ator de delegar funções e tarefas é a única maneira de alcançar resultados consistentes por mais tempo. Talvez você ainda não tenha pensado nisso a fundo, mas fazer tudo sozinho, mesmo que com competência, pode ser o gargalo que está impedindo o seu negócio de crescer.
Por que delegar?
Os especialistas são categóricos ao afirmar que este é um dos maiores desafios da gestão, e até mesmo CEO’s de sucesso tem sérios problemas para delegar tarefas.
Líderes centralizadores podem ter sucesso em seus negócios por algum tempo, mas sem a divisão de tarefas e uma gestão eficiente do tempo é impossível priorizar as ações estratégicas da empresa, fazendo com que o líder perca muito tempo e esforço em ações triviais.
De acordo com o professor John Hunt, da London Business School, apenas um em cada três gestores é avaliado por seus subordinados como alguém que sabe delegar, e isso significa que a centralização é a tendência dominante entre os líderes.
Isso acontece porque muitos gestores têm medo de perder o controle da organização, ou de que as tarefas sejam executadas com menos competência por outras pessoas. Existem ainda alguns que temem serem substituídos em sua função caso o subordinado demonstre ser mais competente.
A questão aqui é que uma andorinha só não faz verão, e um gestor centralizador é um gestor sobrecarregado. A equipe não pode ser a concorrência, deve ser o apoio que vai permitir que o gestor expanda a sua atuação e alcance resultados mais robustos.
Além disso, líderes sobrecarregados acabam acumulando prazos, se estressam mais do que o necessário, sacrificam a vida pessoal e podem ficar doentes.
A equipe deve ser como um piano bem afinado, e o gestor precisa de que cada corda soe como deveria para que a música seja um deleite. Se o pianista precisar fazer todo o concerto apenas batendo palmas e assobiando, o resultado não vai ser muito bom, certo?
Como delegar tarefas de forma eficiente?
Trabalhar menos e produzir mais deveria ser a meta de todo gestor, mas muitos ainda não entendem que gerir uma equipe e formar líderes é a melhor maneira de alcançar essa meta.
Em primeiro lugar é importante conhecer e confiar na sua equipe. Gastar tempo para realizar um diagnóstico profundo sobre as habilidades e a qualidade do trabalho de cada profissional do seu time é o primeiro passo para saber quais tarefas devem ser entregues a quais colaboradores. Vale lembrar que não é a capacidade técnica de uma pessoa que vai definir o quão bem ela vai executar a tarefa que o gestor que delegar.
Além disso, o gestor deve preparar a equipe para as tarefas que ele deseja delegar, mas isso não significa exigir do colaborador uma cópia carbono do seu desempenho executando a mesma tarefa. O toque pessoal de cada membro do equipe pode ser o que a organização precisa para alcançar resultados melhores e maiores.
Enfim, a melhor forma de avaliar a decisão de quais tarefas devem ser delegadas a quais colaboradores ainda é através de uma comunicação assertiva e da realização de avaliações de desempenho periódicas.
Apoie a sua equipe e exija resultados
Ao delegar tarefas, um líder espera resultados coerentes com a responsabilidade concedida aos colaboradores. Mas é preciso das suporte à equipe, removendo os obstáculos que os impeçam de exercer as tarefas da melhor forma possível.
Com os profissionais motivados e executando as tarefas que lhes foram delegadas, é fundamental estabelecer mecanismos de cobrança para avaliar se os objetivos estão sendo alcançados. O método de cobrança pode ser simples como a definição de prazos e metas periódicas que devem ser cumpridas pela equipe. Gerenciar equipes não é fácil, mas ainda é bem menos exaustivo do que fazer tudo sozinho, certo?
Por fim, é importante ressaltar que delegar tarefas é dar autonomia à equipe, desenvolvendo um ecossistema organizacional saudável e produtivo que permita ao líder se dedicar a outros objetivos organizacionais.
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