Todo dia ouvimos a cotação do Dólar nos veículos de comunicação: “Subiu, caiu, etc”, mas você sabe o peso que o Dólar realmente tem nas operações comerciais no Brasil e no exterior? Sabe como funciona a flutuação de preços desta moeda forte e que outros fatores influenciam para que o Dólar aprecie ou deprecie? Preparamos um artigo especial para falar um pouco sobre o câmbio, uma parte importantíssima dentro de qualquer mercado.
Como o Dólar se fortaleceu como moeda?
O fortalecimento do Dólar como moeda “mundial” se deu principalmente pelo papel de protagonismo e de liderança que os Estados Unidos adquiriram geopoliticamente, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. Com o fim do conflito e a vitória dos Estados Unidos, durante os diálogos para se recuperar a economia do planeta, decidiu-se instalar o padrão “Dólar-ouro”, ou seja, todo Dólar emitido pelo Federal Reserve teria lastro em ouro, portanto, mantendo um valor fixo, facilitando o câmbio para outras moedas, visto que o Dólar teria pouca flutuação. Esse foi o acordo de Bretton Woods.
Na década de 1970, os Estados Unidos se envolveram na Guerra do Vietnam, e esse sistema monetário já não funcionava mais, portanto, aboliu-se o lastro em ouro, mas com a globalização do comércio e a presença de empresas estadunidenses nos mercados de todo o mundo, o Dólar continuou consolidado como a moeda de referência para negociações internacionais. Com a consolidação da União Europeia, o Euro também adquiriu valor de moeda forte, sendo ainda mais apreciada do que o Dólar. No entanto, a moeda dos Estados Unidos é bem mais líquida, fácil de negociar.
Como funciona o câmbio do Dólar?
O câmbio acontece basicamente de duas maneiras: flutuações de mercado e políticas monetárias. Nas flutuações de mercado, o Dólar é negociado através de bancos autorizados, chamados de Dealers (negociadores), mas nem sempre estes bancos são os detentores da moeda. São apenas os responsáveis por realizar a negociação dos ativos. O Dólar para turismo, comercializado nas casas de câmbio, costuma ser mais caro, pois a empresa cobra uma taxa de serviço sobre a transação, mas o Dólar negociado em compras e vendas tem o valor que se anuncia nos jornais. Para estas flutuações valem as leis de oferta e demanda.
O Banco Central do Brasil possui uma reserva em moeda estrangeira que é utilizada para regular o preço do Dólar no mercado. Quando sobe muito, o BC injeta Dólares na economia, fazendo o contrário caso a moeda se torne muito apreciada. Normalmente, a moeda varia com valores “saudáveis” entre R$ 2,80 e R$ 3,20.
Como ela influencia em sua atuação no negócio?
Mesmo que sua empresa não faça comércio exterior, o preço do Dólar afeta, em alguma medida, o seu negócio. Certamente, algum ativo de seu empreendimento foi negociado em moeda americana, o que faz que seu preço varie de acordo com a cotação da moeda forte e influencie também em seus custos de produção.
Se sua empresa faz comércio exterior, ela pode ter que comprar Dólares para fazer uma negociação, e se o valor da moeda estiver muito alto, ela pode estar pagando bem caro por um produto que, em outro dia, poderia custar bem menos. Portanto, é indispensável acompanhar ao mesmo tempo as variações do Dólar e os outros aspectos que podem influenciar neste processo.
Há quem negocie Dólares como quem negocia ações: compra uma quantidade X de moeda forte em um determinado dia e espera para comercializá-los quando o valor dos Dólares estiver mais alto. Isto pode ser um negócio bastante lucrativo, mas é necessário investir uma quantidade imensa em dinheiro para que estas transações sejam rentáveis.
O valor do Dólar pode influenciar também na demanda do consumidor. Se a moeda estiver muito barata, pode ser mais econômico comprar produtos importados do que negociar com a sua empresa, o que seria algo bastante negativo. Portanto, acompanhar as mudanças do preço da moeda é fundamental para que o seu negócio possa ir para frente.
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